domingo, 9 de fevereiro de 2014

Classe e sensualidade

Audrey Hepburn
Marilyn Monroe

























Confesso que gosto e admiro estas duas mulheres. Para mim são dois símbolos das características mais procuradas  e estimadas por homens e mulheres. Uma é o eterno símbolo da sensualidade. A outra a personificação de classe.

Não sei se penso da mesma forma. 

Sensualidade e classe são características muito subjetivas, especialmente nestes dois casos. Não acredito minimamente que a personagem que criaram de Marilyn correspondesse à realidade. Da mesma forma que não vejo apenas classe quando olho ou penso em Audrey.
Hollywood tem um passado muito marcado por criar personagens, por usar atores ou atrizes e transforma-los em pessoas que nada mais fazem do que lhes dar lucro.

Acredito que Marilyn foi uma mulher carecida de apoio que foi tomada pela industria e moldada à sua própria vontade, tornando-a num sex symbol. Acredito igualmente que era uma mulher inteligente, sensível mas não frágil, talentosa e muito negligenciada, tendo como consequência trágica o seu fim.
Quando vejo os seu filmes não vejo a imagem que venderam de loira "menos inteligente". Vejo um a atriz que luta e consegues excelentes interpretações daquilo que quiseram fazer dela. Vejo alguém que merecia mais atenção e que acabou por ceder à pressão constante feita à sua volta.

Por outro lado Audrey Hepburn surge como figura da mulher poderosa do novo século. Foi alguém que soube marcar o seu lugar no mundo do cinema, que foi forte o suficiente para não se deixar ser usada. Teve menos sucesso por isso? Não, de maneira nenhuma.
Já vi e revi grande parte dos seus filmes e continuo a adorar e devorá-los da mesma forma. Aceitou papeis que muitas não tinham coragem para o fazer.
É a minha referência de beleza feminina: era inteligente, forte, audaciosa, elegante e com uma beleza que não é apreciada por todas.

Na minha opinião falta-nos muitas imagens destas nos dias de hoje para mostrarem que não precisam de tentarem ser algo que não são, que se devem afirmar. 
Foi atriz, esposa, mãe, humanitária. Foi acima de tudo uma das mais firmes figuras da independência e igualdade feminina, mostrou que a beleza é muito mais do que o aspeto físico. Foi bela até ao seu fim. Foi a figura que vingou as Marilyns deste mundo.

A beleza é subjetiva, é verdade. Existem muitos modelos de beleza e ainda mais versões desses modelos. Para mim estas duas mulheres serão sempre lindas, cada uma à sua maneira, mas nem por isso uma menos que outra.

Afinal cada um/uma tem a sua beleza, o seu ponto de interesse, cada um é bonito ou sensual à sua maneira.